Enquanto muitas mulheres ficam se perguntando se o orgasmo das outras são ou não são mais intensos do que os delas, uma outra mulher foi em busca da resposta. Kim Wallen, professora da Universidade Emory, nos Estados Unidos, estudou a relação entre a distância do clitóris e a vagina.
Para ela, se a distância entre os dois é menor que 2,5 centímetros, as mulheres podem obter orgasmos por penetração simples.
De outra forma precisariam obter estímulo extra para alcançar o êxtase.
Seu estudo, no entanto, afirma que só 7% das mulheres alcançam o orgasmo, somente com a penetração, 27% não alcançam jamais.
Mulheres: nós podemos até sair correndo para medir a distância entre nossas vaginas e nossos clitóris, só para confirmar ou rejeitar o estudo de Kim, mas nada de tentar conciliar os dois por cirurgia, como fez Marie Bonaparte, em seu tempo.
Isso seria muito prejudicial…e, inclusive, existem outras milhares de possibilidades para começarmos a desfrutar do prazer usando, preferencialmente, a imaginação.
Hoje, muitos blogs já anunciaram: é o dia do orgasmo! Resolvi então falar sobre 3 bons motivos para parar de fingir um orgasmo e respeitar este momento singular de prazer.
Simular um orgasmo é tão fácil que pode rapidamente se tornar um hábito. Para tanto basta: fechar os olhos, abrir a boca em /O\, arcar o corpo, relaxar e pronto! temos um “belo” orgasmo, certo? Errado.
Ter um orgasmo de verdade não é assim tão fácil quanto fingir um. Sobretudo em toda a relação sexual. Depois de escolher a solução mais fácil, e evitar o pior, do que poderíamos nos culpar não é?
Durante uma pesquisa realizada em 2008, 72% das mulheres relataram ter simulado um orgasmo pelo menos uma vez. Ora, cortejar a virilidade masculina e ganhar a paz, nunca passou pela sua mente?
Se você é uma adepta dessa prática, aqui vai três boas razões para não fingir um orgasmo.
Razão nº1: A maioria dos homens são céticos… Segunda essa mesma pesquisa, enquanto 72% das mulheres simulam, 55% dos homens duvidam que as mulheres tiveram realmente um orgasmo. Isto significa que, apesar de alguns homens dormirem tranquilamente após o sexo, satisfeitos com sua performance sexual, a maior parte vai dormir sem ter certeza de nada.
Simular um orgasmo é basicamente dizer: “eu não estou feliz com o sexo e não estou absolutamente preocupada com isso!”, pelo menos é o que podem imaginar os parceiros mais sensíveis.
É melhor ter cuidado com essas pequenas mentiras, porque o sexo está sujeito a mal entendidos variados e dolorosos, especialmente quando não se diz nada. Falar, é como arrancar uma tufo de cabelos com cera quente, dói na hora, mas uma vez que se faz, você se sente leve! pelo menos até a próxima vez…
Razão nº2: Reivindique o seu direito de não ter um orgasmo! O dia da mulher não foi há muito tempo! lembra-se quando marcharam pelas ruas da cidade, assinaram petições, colocaram banners pelo direito das mulheres em todo o mundo? O combate, madames, começa na sua cama, e toma a forma de três letras: Não. Você tem o direito de dizer, “não eu não gosto disso”, “não eu não quero”, “não, não tive um orgasmo!”. Reivindique o seu direito ao não-prazer. O prazer (o nome já diz) não é uma obrigação! Tenha em mente que a mulher perfeita que goza toda vez que faz sexo só existe em filmes pornôs! (exceto raras excessões).
Reivindique o direito de não ter um orgasmo e não precisar se justificar. Você pode até conversar, discutir, partilhar, sim, mas sem achar que você ou ele são culpados sempre. Comece a dizer não, e abrirá a porta para o “siiiimmmm”!
Razão nº3: Exija um sexo de qualidade!
É preciso pensar o seguinte: se você fingir um orgasmo quando seu parceiro estiver fazendo algo que nao está lhe dando nenhum prazer, você estará incentivando-o a fazer o mesmo número do “super coito”, persuadido de o fazer bem!
Pense nos motivos que a levam a fingir. Deixe claro que você não sente prazer sempre, e que isso não significa que não gosta de fazer sexo com ele, ou coisa parecida. Diga quando não estiver disposta ou propensa ao relaxamento, forçar a situação resulta em sexo de má qualidade e, pior, leva à falta de vontade de repetir o sexo com a mesma pessoa.
Por fim, pensa no porque começamos a fingir que temos orgasmos a toda hora, quando isso não é verdade?
– Para agradecer os homens de sua visita tanto regular quanto infrutifera?
– Para incentivá-los a voltar à nossa cama, apesar de sua pouca eficácia?
– Para se livrar deles rapidamente e para que ele persista errando nas próximas vezes?
– Para provar a ele que ele é bom?
– Por amor???? (será?)
– Para mostrar que somos “normais”?
Se você simula um orgasmo por essas razões, saiba que são as razões erradas!
O Slogan “Um orgasmo por dia e o médico longe” é o lema de uma recente iniciativa do serviço nacional de saúde britânico que se ocupa de explicar aos jovens os benefícios do prazer na saúde.
O tema desencadeou uma forte reação de indignação dos pais dos jovens ingleses. Para eles a campanha pode “incitar os jovens a fazer sexo e favorecer a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis”.
O serviço nacional de saúde distribuiu um folheto chamado “Pleasure” aos pais, parentes, professores e funcionários cuja proposta é aconselhar os alunos que eles têm o “direito” a uma vida sexual agradável e regular e que as relações sexuais podem ser boas para a saúde cardiovascular.
Durante muito tempo, dizem os seus autores, os especialistas têm-se concentrado na necessidade do “sexo seguro” e nas relações amorosas, ignorando a principal razão do porque muitas pessoas fazem sexo, que é, por prazer.
“Pleasure”, traz junto de seu slogan “um orgasmo por dia e o médico longe” um texto com conselhos de peritos que advogam que, para se ter saúde, deve-se comer cinco porções de frutas e legumes por dia e fazer 30 minutos de atividade física diariamente. E quanto ao sexo e a masturbação deve-se fazer pelo menos duas vezes por semana.
Anthony Seldon, o mestre de Wellington College, de Berkshire, que introduziu aulas de bem estar emocional, disse que a abordagem foi “deplorável”.
Steve Slack, um dos responsáveis da iniciativa, alega que, contrariamente ao que dizem os pais, a campanha poderia incentivar os adolescentes a adiar a sua primeira vez, até que se sintam seguros para ter uma relação realmente divertida. Para ele não haveria qualquer problema em ensinar aos jovens sobre o sexo, de informá-los melhor sobre o assunto e, portanto, torná-los capazes de tomar decisões pessoais livre da influência dos que os rodeiam. Este é, talvez, onde o sapato aperta…
A polêmica está longe de se fechar porque este tema carrega muitas facetas preconceitos, vertentes educacionais, tabus, divergências morais etc… De qualquer modo a iniciativa serviu, ao menos, para apontar que os adolescentes precisam tomar conhecimento de outras coisas que envolvem o sexo, além das lições básicas que ensinamos nas escolas de hoje em todos os países. Nossa obrigação é apenas ensinar meios de contracepção e de proteção contra doenças?